Na 1ª pessoa

A rosácea foi-me diagnosticada há cerca de 4 meses. A primeira coisa que fiz depois de sair do consultório do dermatologista, foi procurar informações sobre a doença na internet. Na verdade, existem diversos sites com informações sobre a doença em si,  mas muito poucas sobre as pessoas e muito menos sobre o contexto português. Um dos primeiros pensamentos que tive e que ainda mantenho, é como pode ser possível, que em todo o lado eu leia "a rosácea é uma doença comum", e eu não conheça ninguém. É que a rosácea não é propriamente a coisa mais fácil de "esconder", está na cara! e eu desconheço que na minha rede social exista outra pessoa que tenha rosácea.

Como recente portadora (nem sei se este termo 'portador', é correcto) de rosácea , a já minha melhor amiga, que me acompanhará até ao último dia da minha vida, necessitei de perceber que eu não sou a única, que há mais como eu por aí, mas na verdade, não é muito fácil encontrar pessoas que percebam realmente como é (sobre)viver assim.

Parece-me que a existência de um grupo de partilha, inter-ajuda, ou o que quer que seja!, era importante. Um grupo que nos reúna de alguma forma, pelo menos para sabermos que há alguém que percebe a nossa realidade. Desconheço que exista em Portugal, este tipo de comunidade/grupo; desconheço também se existe no Brasil ou noutro país de língua portuguesa. Quem sabe, a minha meta para o próximo ano, criar este grupo, mesmo não sabendo nem por onde começar...


- Se quiserem partilhar a vossa história, terei muito gosto em publicá-la aqui. É só enviá-la para: temosrosacea@gmail.com. Se preferirem, podem sempre deixar mensagem nas secções de comentários ou na caixa aqui do lado direito.


(A criadora do blogue, Setembro, 2011)